Capítulo IV
Pela fresta da porta do quarto das crianças
saía uma luz fraca, mas suficiente para iluminar. Abri-a sorrateiramente e
coloquei a metade da cabeça no ambiente, percorri todo o quarto com os olhos
até encontrá-la sentada com o seu inseparável rosário, despida, de pernas
cruzadas, mostrando a mancha escura entre as suas pernas conforme a criei. No
chão do quarto, em volta da cama, estavam dispostas variedades de velas
coloridas e aromática. Ela levantou, foi em direção a cama das crianças e uma
cena inacreditável me surpreendeu. Neste momento pensei em minha esposa, ela
poderia estar correndo riscos, ou a mesma cena que eu acabara de presenciar no
quarto dos meus filhos poderia... Desfiz-me dos meus pensamentos e saí correndo
para o nosso quarto. Não vi o marido dela na sala e dei pouca importância a
isso. No entanto um fato me chamou a atenção. Não sei quantos dias havia
passado, mas já era tempo suficiente para a vela de sete dias ter derretido,
contudo, apesar da chama ser intensa, ela estava intacta.
Quando cheguei no quarto, eu girei os olhos
por todo o ambiente e não vi nada suspeito, estava tudo em seu lugar como eu
deixara na última... Não sabia precisar qual foi a última vez que estive ali no
meu mundo real... Como posso dizer isso, mundo real, se o que eu estava vivendo
não era o meu mundo real?
Aproximei da minha esposa e a cobri com o
lençol... Estupefato, fiquei sem reação, a mesma cena presenciada por mim no
quarto das crianças e protagonizada pela personagem feminina de uma das minhas
histórias, agora, estava acontecendo com a minha esposa.
Ajoelhado na cabeceira da cama, tentei
acariciar o rosto da minha esposa e a minha mão passou no vazio. Não sabia onde
buscar explicação para o que estava acontecendo. Fui tirado do meu estupor
quando uma mão foi posta no meu ombro. Gelei de medo. Queria virar o rosto e
não ver os olhos azuis do marido dela me encarando, porém, essa certeza eu não
tinha. Da mesma forma que o medo pode levar à ação para a salvação, ele também
pode paralisar. Não movi um músculo.
Imagem MYRA LANDAU
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ResponderExcluir.
. será pela expectativa que os elos serão de continuação . para que possamos . proceder .
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. um abraço .
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...também não quero olhar...
ResponderExcluirOi, Eder, esse final me deu um friozinho no estômago. Vou aguardar a continuação, um abraço e bom domingo!
ResponderExcluirMeu amigo Eder, estou tão em falta com você, mas voltarei para ler desde o primeiro capítulo de Persona Non Grata.
ResponderExcluirTenha um domingo de paz.
Um abraço.
SIGAMOS.
ResponderExcluirABRAÇÃO!
BERZÉ
eu nao poderia olhar...otimo, que bom que continua e obrigada pela minha imagem no teu post!
ResponderExcluirabraòao!
Voltando e agora já com todos os capítulos lidos.
ResponderExcluirMeu amigo, estou aterrorizada...será que você vai se virar para ver quem colocou a mão em seu ombro?
Uauuuuuuu
Aguardando a continuação, se eu demorar pra vir, liga não, eu virei assim que me sentir bem para estar junto aos amigos.
Sua imaginação é fértil e me assusta...rsrs.
Beijos.
o clima de suspense já está estabelecido, resta acompanhar...
ResponderExcluirbeijos
Esse pedaço da história a mim parece surreal,mas é como também vivemos nesse mundo cheio de perplexidades tal qual a sua ficção.
ResponderExcluirAbraços e a seguir daqui...
hummm começo a compreender...a mancha escura, o terço, o marido e os olhos azuis, porque não pensei antes neles? Menino, não brinca com essas coisas, estou ficando com medo, ainda bem que, se meus personagem resolverem pular aqui pro meu quarto serão na maioria só florzinhas e borboletas, mas os seus não, Eder, credo!Cuidado!
ResponderExcluirEstou sinceramente ainda mais impressionada com a sua capacidade ficcional, como diz o Erico, algo muito grande poderá surgir daí.
Beijos!
Dei uma sumidinha, mas voltei para acompanhar o conto...
ResponderExcluirAbraços