cada um de nós dentro de nós
nos é estranho
de todos os nós em meu eu
atados nós prende-me
a uma tristeza desmedida
medida ao meu tamanho
moldou a minh’alma
que de quando em vez
derrama
no fio invisível dos meus dias
os sais dos meus prantos
ilhados os meus eus
amalgamado aos meus ais
é folha seca de outono
a espera do vento
de destino incerto
certo do seu fim
cada eu dentro de mim
me é estranho