Capítulo III
A queda me parecia infinda e dava a
impressão que eu não saía do lugar. Não havia densidade, volume e nem solidez
onde eu me encontrava. Por fim, entrando numa região plasmática, o meu corpo
foi freando e repentinamente despencou vertiginosamente. Quando eu senti o
impacto do meu corpo contra algo sólido, a dor me fez perceber que a queda
chegara ao fim.
Aos poucos a nevoa densa que tomava conta do
ambiente foi abaixando, e um lume bruxuleava em um dos cantos do lugar. Percebi
um vulto picando algo sobre um tampo de vidro e ao término arrastá-lo com os
dedos indicadores de uma das mãos para um folha posta na outra mão. Enrolou a
folha com os dedos, passou a língua sobre a borda e a fechou. Ao encostar a
ponta da folha no lume e levar a outra ponta à boca, percebi que era um
cigarro. A fumaça expelida pela sua boca e narinas não escondeu o brilho dos
seus olhos azuis. Eu não estava acreditando no que estava me acontecendo. O
mesmo bufê com a vela de sete dias acessa, a mesma janela que eu havia pulado
minutos antes. Eu tinha caído de volta em minha casa. O marido dela me mediu
com os olhos e deslizou os seus dedos, maliciosamente, pelo cigarro. Porém,
onde estava ela?
Pela primeira vez eu sabia de onde eu os
conhecia e isso me assustava, pois os dois eram personagens de uma das minhas
história, portanto, não eram reais, contudo, a sensação que eu estava tendo
extrapolava o imaginário. Eles estavam vivos, em carne e osso. Questionei-me se
era possível as personagens, fruto do meu pensamento, ganhar vida própria e
quais suas intenções. Conquanto, se eu havia matado-as, como elas estariam
vivas, mesmo se fosse possível sair do mundo das ideias para o mundo real.
Vingança, foi a resposta que dei a mim mesmo. Meus filhos, foi a pergunta que
me fiz em seguida.
Imagem MYRA LANDAU
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ResponderExcluir.
. meu querido amigo,,, .
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. gosto de ler.te . também neste registo . o qual ultrapassa a esfera do real . e nos re.inscreve numa outra dimensão .
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. os meus sinceros parabéns .
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. um forte abraço .
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. paulo .
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nem sei o que te dizer
ResponderExcluirli atentamente teu texto esta experiência são reais
se os são passaste a dimensão para alem dos teus sonhos ? parabéns pela bela escrita adorei boa semana e resto de domingo feliz beijos ?
Oi. Acompanho com alegria os capítulos. Parabéns! Tenha um início de semana abençoado! Bjs
ResponderExcluirOlá, estou acompanhando atentamente e cada vez mais curiosa....
ResponderExcluirBeijos
Eder,penso que estou começando a entender o sentido da história visto que nos capítulos precedentes eu não estava conseguindo me concentrar tanto.Complexo e introspectivo mesmo assim ainda é para mim.Por que eu volto sempre?Porque gosto de como nos atiça para essas reflexões do drama que também pode ser a vida.
ResponderExcluirAbração!
...Agatha Christie...Conan Doyle...Alfred Hitchcock
ResponderExcluirse vivos, sentiriam orgulho de você!
bjokas mil, alma linda!
Estou ficando assustada...
ResponderExcluirbeijos
Vem cá, você não morreu e estava no purgatório não? Ai, me diz qualquer coisa que me dê alguma luz, estou ficando agoniada com estes dois e este bufê, já.
ResponderExcluirVou mandar beijo procê só porque é de costume pois o que estou mesmo é com vontade de pegar essa faca de picar fumo e aí e colocar no seu pescoço: Fala logo, Eder!
Beijos!!!