- Você realmente voltou, veio me buscar como havia prometido.
- Sim, Pepito. Eu lhe disse que sempre há um depois. Vem meu amor, me acompanha.
SESSENTA ANOS ANTES.
O pai de Pedro, devido a sua profissão, conhecia todos na cidade, peculiarmente. Por isso se algum estranho aparecesse na cidade, ele logo percebia e se interava sobre o mesmo.
- Bom dia seu Edson! Quero dois reais de pão.
Aquela voz melíflua, os seus ouvidos acusaram como estranha, aguçando a sua curiosidade e o fazendo debruçar rapidamente sobre o balcão para saber de quem se tratava. Quando viu que era uma criança, ele estranhou o seu discernimento e a capacidade de comunicação sem atropelos de palavras e uma dicção de causar inveja a qualquer adulto.
- Meu anjo, como sabe que me chamo Edson?
- Está escrito no letreiro, Padaria do seu Edson. Como ninguém colocaria o nome de padaria em uma pessoa, você só pode se chamar de Seu Edson.
Aos risos, o pai de Pedro se encantou com a criança.
- Mas você sabe ler? Quantos anos têm?
- Sim, desde os dois anos de idade. Eu tenho quatro anos.
- Eu não acredito no que estou ouvindo. Por acaso sua mãe é professora?
- Meus pais são professores, assim como meus avôs. Somos uma geração de educadores. Uma dádiva de Deus sobre a nossa família.
- Hum, interessante. Bem, deixe-me adivinhar o seu nome. Peraí, me deixa pensar. Hum, o nome tá vindo, peraí que eu vou pegá-lo. - Levando as mãos para cima, como se fosse pegar algo suspenso no ar e o tivesse deixado cair, o pai de Pedro abaixa e pega um papel no chão, abra-o e mostra para menina ler.
- Angélica. - Disse a criança com cara de surpresa e espanto. - Você é um bruxo. - Completou a frase levando o pai do Pedro as gargalhadas.
- Não meu bem, não sou não.
- Mas como adivinhou?
- Está escrito no bolso do seu vestido. Porém, com esses cachos dourados brotando da sua cabeça; um sorriso simpático nos lábios e, também, em cada olho; uma pele aveludada e um rosto carregado de céu, você só poderia ser um anjo.
- Obrigado, seu Edson. - Disse Angélica e juntando as palmas das mãos fez uma reverência para reforçar o agradecimento.
- Pronto aqui está o seu pão. Foi um prazer te conhecer.
Angélica saiu abraçada ao saco de pão, assim que pôs os pés na calçada, voltou para dentro da padaria.
- Algo errado Angélica?
- Eu percebi uma coisa e não poderia guardar para mim.
- Então fale meu anjo.
- Sua aura é colorida, deve ser uma pessoa muito alegre, Seu Edson. O Pedro precisará do seu apoio, pois ele sofrerá muito. Não deixa a tristeza dele acinzentar a sua aura o levando a tristeza também.
- Como sabe que eu tenho um filho e que seu nome é Pedro? Hei mocinha, espere, por acaso você...
CONTINUA EM 30/11/11
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Oi...
ResponderExcluirQuero acompanhar esta história q me prendeu.Vc escreve muito bem parabéns!
Q vc tenha um ótimo domingo!
Maria
Myra a ANONIMA!
ResponderExcluirBELEZA "angelical"
adorei
beijos
Eder, começando o comentário pelo pensamento-aviso no início do blog, muito interessante, porque temos a tendência em um blog de achar que tudo que está sendo escrito faz parte da vida do autor, e o pior que é algo vivido atualmente, temos dificuldade de separar o autor do texto. E concordo que a maldade e a bondade estão em nós, e com isto na forma de sentir e exprimir.
ResponderExcluirQuanto ao texto, gostei desta primeira parte e já fiquei curiosa para acompanhar. Sempre me chama a atenção a sua criatividade nos temas e o andamento dos textos.
abraço
Será que não era um anjo de verdade? Fiquei curiosa para saber o resto... :D
ResponderExcluirBeijos, flores e muitos sorrisos!
Bom dia, Eder. Já vi que este conto vai ser interessante e muito bonito. Vou seguir, capítulo a capitulo, pode crer.Pois é, menino, só com muita reza e o socorro de tds os seguimentos de religião e crenças, acho que vou dar um jeito na zica destes meus blogs. Rsrsrs.
ResponderExcluirLinda semana, beijo grande!
Myra, ANONIMA
ResponderExcluirvim saber o resto...por eqto um gde beijo
Acho que o melhor dom do escritor é esse que você tem: o de prender e nos deixar a espera, ansiosos, pelo fim! Beijos, querido Eder.
ResponderExcluir...se vc fosse autor de novela,
ResponderExcluirteria que ser a global das oito,
é claaaaro!
rsrs
ai que me encanto com este canto, my God!
smacksssss, alma apaixonante!
Eder se não postar logo essa continuação vou ter urticária..rsrs
ResponderExcluirMuito obrigada pelas palavras de elogios, nem acho que escrevo bem não..rs, mas agradeço o incentivo.
Beijo meu
Mais uma série que tá prometendo, Eder!
ResponderExcluir=)
Um beijo.
MANOOOOO!!!!! Já me apaixonei pela Angélica!! Saudade desses contos que você conta tão bem! Vou seguir de perto essa história, tenho certeza de que me emocionarei muito! Um beijo da maninha, Deia.
ResponderExcluirEder,
ResponderExcluirSempre que leio seus textos sinceramente gosto muito do modo como escreve.Dos argumentos tratados,nem sempre e já te falei mais de uma vez,mas se continuo por aqui é porque isso me intriga e ao mesmo tempo me fascina.
Parabéns por mais uma criação!
:)E, quem disse que ser amigo é ter que concordar com tudo não é mesmo?
:)A apresentação no cabeçalho do blog também me chamou a atenção bem como a programação na slidebar.A palavra disso para mim é precisão!
Abraço carinhoso,