“Meu encontro com a escrita se deu quando eu pus as histórias do meu avô no papel, de lá para cá o tempo passou. Estou no blog há três anos, e neste tempo o que me deu mais prazer foi conhecer novos escritores, e mais prazer ainda escrever histórias a quatro mãos. Dentre estes escritores está a Paula Barros, juntos escrevemos o texto abaixo. Obrigado Paula pelas suas duas belas mãos que por entre os dedos destilam poesias”.
Não era prateado, nunca é, o meu céu. O meu Recife está dourado. A esperança rondava as nuvens em tom alaranjado, liquidificando em mim uma alegria com sabores variados. A nau foi ao mar... Meu Deus o que estou dizendo, um rapaz de cinquenta anos falando nau. Recomeçando, pois o recomeço não é uma história repetida. A ancora da alegria foi içada, o navio, agora sim, foi ao mar. Sempre me repito em meus passos. Navegar era uma forma das andanças não serem dada com os mesmos passos. Da proa, eu ouvi a batida eletrônica vinda do salão de dança. Ousei. Entrei jogando os calcanhares para os lados, remexendo os quadris, socando o ar com os punhos como se tivesse lutando com seres imaginários, pulando símile ao macaco de galho em galho. Dançava. Percebi-a rindo, de mim. Não me perturbei. Fui a ela, conforme a maresia. Da forma que dança, vai chamar chuva, disse-me. O céu mandou resposta, gotas poéticas caiam no convés inundando os meus pensamentos de devaneios. Apesar da chuva, o meu céu não é blue. Tocava, agora, um blues, ela disse: acompanha-me. Decedi ousar, pois a ousadia é uma característica masculina. Não a deixei no vácuo, respondi logo o sim e me arrisquei lançando-me. Agora, os meus primeiros passos eram de dança, permiti-me o novo, ouvi outros sons. Os meus sons. Sem saber ela estava sendo minha parceira nessa nova andança. La nave vá. Pensando estar conduzindo, eu era conduzido pela leveza das suas mãos. E ser conduzido assim, sem manter o eterno controle, também era novo para mim. La nave vá, eu também, feliz, com outros passos, os da dança, uma nova dança, deste novo ser em mim.
Autores: Paula Barros e Eder Ribeiro
Imagem clique no nome: PAULA BARROS
SOU EU MYRA como ANONIMO!
ResponderExcluir"Os meus sons. Sem saber ela estava sendo minha parceira nessa nova andança. La nave vá. "
sim, assim deve ser...e como sempre adoro vces dois, sòs, ou como parceria sempre escrevem LINDO!!
beijos aos dois e cada um!
Gosto desta imagem, deste céu do dia amanhecendo. Raros momentos que tenho coragem de levantar cedo e apreciar esta maravilha. Porque tive insônia neste dia. kkk
ResponderExcluirQuando fala no texto de ousadia, lembro da sua ousadia em escrever em parceria comigo, ousadia que poucos ousam, se lançar, trocar ideias, arriscar na construção de textos. E isso tem me chamado a atenção.
abraço, e mais uma vez obrigada.
Eder, querido, seu céu nunca será blue. Será sempre golden, shinny e happy! rs
ResponderExcluirLindo texto, meu amigo.
Obrigada por estar sempre no blog e mil perdões por eu aparecer tão pouco. Mas tenha certeza de que o carinho me pede pra eu aparecer mais, muito mais.
Beijo imenso!
.
ResponderExcluir.
. a quatro mãos . juntam.se mais duas . as minhas . e deixo.Vos um abraço en.volto na supremacia da palavra .
.
. um bom fim.de.semana .
.
.
Oi gente blue...golden...silver...rsrs...mas vocês estão mais para um arco-iris, desses assim que nos presenteiam com um pote cheinho de textos. Parabéns pelo partilhar, quem ganha somos nós e vocês muito mais, tenho certeza disso, fizeram até hover gotas poéticas...chic isso por demais...
ResponderExcluirAbração nos dois...beijo
Oi Éder!
ResponderExcluir"Navegar era uma forma das andanças não serem dada com os mesmos passos."
Gostei dessa ousadia. E guardei essa frase que pareceu-me soar mais alto como uma forma de tecer poesia.
Parabéns é o mínimo que posso dizer, aos dois!
Um beijo super carinhoso
Tenha um lindo domingo blue de muita paz!
Um dança que valeu bem a pena!!!Bjs e até ...:)
ResponderExcluirGrande aprendizado porta a tua postagem.
ResponderExcluirMeu abraço carinhoso voltando aos poucos ao meio bloguístico.
Ai que texto lindo Eder, incluiu dança já gostei, acho a forma de expressão mais divina que existe, a dança. Amei!
ResponderExcluirBeijos!
Oi Eder,
ResponderExcluirOi Paula,
Que texto poético lindo, que dança gostosa.
Amei de amar.
Beijos meu
Amigo querido!
ResponderExcluirVim te deixar um beijo e desejar bom dia.
=)