Os pensamentos, as experiências de vidas relatadas das minhas personagens não são reflexos dos meus pensamentos e experiências, mas sim, peças do mosaico que forma o ser humano. Os meus textos não intentam a polêmica, mas nos chamar à reflexão. Deixo o meu email para quem quiser trocar ideias, compartilhar textos e interagir: gotasdeprosias@gmail.com

sábado, 12 de abril de 2008

a espera da cal

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minha cã, vã moldura
prum rosto coas feições
dum ser ressentido
perdido entreontem e o vir a ser
força-me a abriolhos
sobre o chão ressequido
e as linhas disformes vista
espelha meu eu envelhe-
cido,
sido derreado
o meu corpo é ataúde cansado
receptáculo para a
miser-
abil-
idade humana: ser desumano,
meu medo de findar
não faz da minha covardia
apego à vida,
a eternidade banha-se de escuridão.
o cão coa cal na mão
rido, espera o sopro divino...

3 comentários:

  1. Que poema maravilhoso, em desconstrução e reconstrução de significancias com a oralidade verbal. Gostei muito poeta! bjo

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  2. Bom dia, meu querido! Se "a felicidade mata o poeta", a plenitude aniquila o ser humano. Adoro os seus poemas! Beijo grande, grande! Bom domingo, boa semana!:-)

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  3. Ei Eder,
    e, com tudo e por tudo, continuo no caminho, buscando-me, reconstruindo-me. E viva a poesia que, do caos humano, faz brotar reflexão e atitude para novos passos. Bom demais.
    Abraços
    Jacinta

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