Eu troquei os cantos dos sabiás, canários e pintassilgos pelos cantos metálicos das máquinas industriais; troquei o céu enluarado e estrelado dos campos pelo acinzentado céu poluído das cidades; troquei as trilhas ensolaradas, verdes e perfumadas com sua geometria encantadora pela concretude quadrada das ruas iluminadas por luzes artificiais; troquei o espelho d'água do meu Rio Grande que refletia em suas águas a amabilidade de gente humilde pelo espelho metálico dos edifícios urbanos refletindo sobre o metal frio a frieza cotidiana da urbe.
De todas as tocas, não são os cantos dos pássaros que me fazem falta; não é o céu azul enluarado e estrelado que me faz falta; nem tampouco são as trilhas ensolaradas que me fazem falta; nem mesmo o espelho d'água do meu Rio Grande que me faz falta. Eu sinto falta é de gente...
Nos meus primeiros passos como gente, ensinaram-me que para ser gente, era necessário e essencial a gente ser amável. É disso que sinto falta.
Imagem de arquivo pessoal
Oi, Eder. Onde moro, apesar de ser no interior, não havia tanta simplicidade como a do texto. Mas quanto mais o tempo passa, mais sinto falta de gente, mais sinto falta de pessoas que se importam, se preocupam com o outro e não somente consigo.
ResponderExcluirA questão é, como reverter isso? E como sobreviver a tanta falta de amor?
Um abraço, espero que esteja tudo correndo bem por aí.
Linda a escrita, triste de perdas, de trocas, de sentimentos.
ResponderExcluirMesmo tendo muitos ganhos, o simples, o essencial, vai se trocando e perdendo, e o mais importante - este humano.
abraço
em off: ainda responderei ao comentário amanhã, mas só voltei para dizer que fiquei mesmo feliz com a notícia. Que o amor que há entre vocês seja sempre esse elo forte de cumplicidade e carinho. Ótima semana!
ResponderExcluirsabe querido amigo, EU TAMBEM!!!!!!!
ResponderExcluirbjos
Eder, querido!
ResponderExcluirLindo texto: subjetivo - história de vida.
Trocamos nossas origens e não necessariamente para algo melhor. Sentimos falta das gentes humildes em nossa vidas, as que nos viram crescer... as que amamos incondicionalmente. Pessoas amáveis - como fazem falta!
Beijo
Lindo texto. A poesia e a afirmação de um outro muito que desejamos, o da gentileza, da delicadeza, da amabilidade.
ResponderExcluirCrítico e subjetivo. Nossa, achei seu texto interessantíssimo, Eder. É tão curto, mas passa tanto para nós, leitores. Gostei da intertextualização e das descrições. O "campo" realmente nos traz sensações incríveis, as quais podemos dividir com os outros, diferente do que vem acontecendo nos sistemas urbanos, onde o individualismo é a chave para tudo.
ResponderExcluirMeu querido,
ResponderExcluirCompartilho teu sentir completamente, mas deixo aqui uns versos de um cara que gosto muito,
"Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio..."(Mario Quintana)
Gr. Bj. e lembre-se que meus beliscões tb são amáveis! rsr ou não?
É que nessa urgência louca da vida moderna, as pessoas aprenderam que ser amável é coisa desnecessária.
ResponderExcluirAs pessoas são tolas.
Quando eu falo que tenho medo dessa tua terra grande, é por isso também.
Tão lindo esse teu suspiro.
Beijo!
Olá!
ResponderExcluirBoa noite
Éder
sinto falta, também,mas tem muita gente amável ainda. Vc é um desses.
Por isso , hoje só vim para agradecer
Receba em seu coração todo o meu carinho!
Obrigado
Abraços
nossa, como te entendi neste belo texto! vivi alguns anos da vida no interior, não tão gostoso como o teu, mas as pessoas são muito diferentes mesmo. parece que são mais puras... bjs
ResponderExcluirhttp://eubipolarbuscandoapaz.blogspot.com.br/
OI EDER!
ResponderExcluirPESSOAS AMÁVEIS?
E ELAS EXISTEM?
TALVEZ EM NOSSA IMAGINAÇÃO OU NESTE TEU LUGAR DE SAUDADE, INFELIZMENTE.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi, Éder. É ,acho que quando nos afastamos da natureza nos tornamos mais duros, as cidades hoje são só paredes, pedras, asfalto.
ResponderExcluirLindo texto! Bjs
A grande cidade, as oportunidades, os vazios. As pessoas correndo, sem olhar para o lado. A ausência do "olá", do "bom dia", do bolo oferecido apenas por gentileza. Cada vez mais nos distanciamos do que é prioritário na vida. Bjs.
ResponderExcluirAinda bem que existe essas boas pessoas
ResponderExcluirque deixa todo carinho pra nós
Mas a natureza e os cantos dos pássaros, mesmo
longe a gente sabe que ilumina nossa vida
Abraços e que Deus continue abençoando vc e toda
família....muita paz pra vc
Bjuss
Rita!!!!
Que tocante texto, Eder. E a existência do bom ser humano é que nos faz sentir essa falta. Mesmo que tenhamos muita gente desgraçada no mundo, a bondade ainda prevalece. Abraços!
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