Os pensamentos, as experiências de vidas relatadas das minhas personagens não são reflexos dos meus pensamentos e experiências, mas sim, peças do mosaico que forma o ser humano. Os meus textos não intentam a polêmica, mas nos chamar à reflexão. Deixo o meu email para quem quiser trocar ideias, compartilhar textos e interagir: gotasdeprosias@gmail.com

sábado, 10 de abril de 2010

Ensaio sobre a felicidade


     O homem sozinho é inservível. Não foi à-toa que deus para fazer a mulher usou uma das costelas do homem - se tivesse usado a sua teria criado a mulher perfeita, desde que não lhe desse vontade própria, pois as imperfeições é fruto das vontades humanas -, para demonstrar tanto a um como ao outro que eles são insétil. Portanto a fortaleza de um encontra-se alicerçada na do outro. Explicito isso, no conto Carpe Diem, as mulheres assexuadas viraram pó, pois é bíblico, do pó viemos ao pó voltaremos, e espera-se que se vai como pó apaixonado para igual voltar. Este não seria o caso das mulheres assexuadas, pois heteromasculofóbica, iguais não se atraem, se repelem, isso é físico, mais precisamente física, posto que hoje em dia os iguais se atraem fisicamente, mas graça a providência divina não se reproduzem. Portanto morta estão para esta vida e para a outra se outra vida houver.
     Ficou implícito no mesmo conto como uma mulher bem mulher, ou seja, uma mulher boa, e para ser mais explicito, uma mulher com dois seios, um rabo, e que rabo, destes rabos que ao balouçar soletra o nome e sobrenome do homem, e neste conto, sendo o sobrenome Pinto, ela soletrava Pin-to, PIN-to, PIN-TO! sobremaneiramente que o nosso Pinto, digo, da personagem, ficou em posição de sentido tal qual o soldado diante do seu superior, e não seria o contrário, pois se pinto é, como pinto deveria se comportar; então, como ia dizendo, como uma mulher boa de dar no pau, do nada surgiu. Como?           
      Milagre. Como, vocês dizem entre interrogações e interjeições. Na história humana temos provas suficientes de milagres. Cito o da multiplicação dos peixes. Mas há alguns blasfemos que dizem, sendo Jesus pescador, ele poderia muito bem apontar um lugar no rio que houvesse muitos peixes, mas espere aí, Pedro também não o era? Deixando esta história de lado, pois ela é mais divina do que humana, cito outra. No último terremoto que houve, após quinze dias, dos escombros não saiu uma pessoa com vida. Pois bem, por milagre, quando as mulheres assexuadas tentaram eliminar os heteromasculossexuais, um sobreviveu, o Ribeiro Pinto. Porém lá não está escrito que se salvou uma heterofêmeassexual, mas salvou-se, por força do milagre. Mas como se eu não escrevi isso, vocês devem estar se perguntando. Simples. Demora-se para se reconhecer um milagre, e às vezes, mesmo o reconhecendo, nos custa acreditar.
     A heterofêmeassexual pertencia ao clã dos Wilson, e diga-se, de são consciência, salvou-se sem nenhum arranhão, com toda a sua simetria nos seus devidos lugares, fisicamente; e, diga-se também, sã animicamente. E como o Pinto não era insano, posto que nenhum Pinto o seja quando se trata de mulher, mas, se por acaso, o for são para outro gênero não é um Ribeiro, pois nenhum Ribeiro o é e nunca o será não importa quanto milênios se passam.
     Como todos sabem, quem conta um conto aumenta um ponto e puxa a sardinha para o seu prato, e como já perceberam o contista é um Ribeiro. Contudo tudo que dos Ribeiros foi dito e escrito é vero, conquanto o que dos Pintos foi dito e escrito cabe aos Pintos confirmá-lo, mas isso não que dizer que o contista aumentou um ponto. Deixando de lado este circunlóquio, vocês já devem estar se perguntando como Pinto e Wilson viveram felizes para sempre como foi escrito em “Carpe Diem”. Ninguém é feliz para sempre, vocês podem estar pensando, e vocês pode ter razão, afinal o poeta cantou que o para sempre, sempre acaba, porém outro poeta escreveu que seja eterno enquanto dure, no caso aqui como é um Pinto, seria correto mais correto dizer duro, posto que o durar, sendo um pinto, só duro, do contrário não tem serventia, diga-se de passagem, perdurar. Voltemos para o que eu estava discorrendo sobre o feliz para sempre. Sabemos que os contos de fada terminam com a frase “viveram felizes para sempre” e ponto final. Se foram não houve uma linha escrita sobre isso, contudo há sim um conto após o feliz para sempre, o do ogro Shrek. Sabemos que ele não foi feliz para sempre, pois tinha um sogro que era uma mala e por sinal um anfíbio anuro peçonhento, ou seja, um sapo. Da sogra sabemos o suficiente para deduzir que era um ofídio, mesmo que nada ali foi dito, só pelo fato de ser uma sogra já é uma cobra, perfídia, peçonhenta, vocês há de convir comigo. Outro fato para o Shrek não ter sido feliz para sempre foi o concorrente, o príncipe encantado. A grande desgraça para um casamento é o rival, e todos nós o temos, e na maioria das vezes é o vizinho ou o colega de trabalho.
     Portanto aí está a explicação deles terem sido feliz para sempre, tanto o Pinto quanto a Wilson não tinha sogro e sogra, muito menos vizinhos, afinal eram os únicos sobreviventes, consequentemente por serem sozinhos só tendo um ao outro, não tinha amigos e nem colegas de trabalho. Vocês devem estar pensando que a vida deles era monótona por eles terem só a si, convenhamos, o que vocês acham que eles fizeram.  Isso mesmo, pensou bem. Agora pergunto quem não seria feliz para sempre assim. Quanto aos filhos, os filhos dos seus filhos, bem isso vocês sabem, afinal os seus filhos tiveram filhos... e foram felizes para sempre?

10 comentários:

  1. Os filhos não foram felizes para sempre, mas tiveram muitos momentos bons e felizes e sorriram quando leram seu conto.
    Beijos

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  2. kkkk.. a bíblia tá errada,amigo. Não fomos feitas da costela do Adão, há, essa não! E minha sogra é tão legal...

    Ufa! inda bem que é um conto essa história do pinto... kk.. beijão e boa semana para vc.

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  3. Hahahahaha,
    Amigo criativo e Darwiniano, que coisa!
    "Felicidade
    É uma cidade pequenina
    É uma casinha, é uma colina
    Qualquer lugar que se ilumina
    Quando a gente quer amar". (Morares Moreira e Fausto Nilo.
    Abraços.

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  4. Olá, amigo...

    passando pra te desejar uma ótima semana.

    Texto bem criativo..rs..

    Abraços!

    Tudo de bom e fica com Deus!

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  5. Eder, concordo contigo, pintos não são insanos, são ajuizados até a ultima gota...rsrs
    Interagir aqui é riso certo...

    porém outro poeta escreveu que seja eterno enquanto dure, no caso aqui como é um Pinto, seria correto mais correto dizer duro, posto que o durar, sendo um pinto, só duro, do contrário não tem serventia, diga-se de passagem, perdurar.

    Então só me rtsa reinterar...que seja eterno enquanto duro...rsrsr
    Só bobagens...rsrs
    Um abraço na alma...valeuuuu

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  6. Oi, amigo!
    Você viu o que o Osvaldo falou lá em meu blog - em ventos?

    Abraço! Carinho!

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  7. Grande Eder,

    a primeira frase de teu texto já bastaria. Aqui o ar cada vez mais convidativo se assegura no todo. O doido é um elogio, de quem crê na loucura como fonte.

    Continuemos, amigo.

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  8. Você não existe, Éder!rsrs
    Ri muito. "Clã dos Wilson" foi tudo! kkkkkkkk

    Quanto ao livro, leia sim.
    Éótimo, chorei horrores... rs

    Beijo grande!

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  9. Éder e suas aventuras no mundo da escrita e imaginação!

    Ri muito das peripécias narradas aqui.

    Um beijo carinhoso

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  10. OLá Eder...se puder venha participar do festival de Haikais...to te esperando...tente...invente...faça diferente...rsrs

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